segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O código de Atlântida, de Charles Brokaw (ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILER)

Livro: O código de Atlântida, de Charles Brokaw, editora Planeta, 2012, 496 p.
Não vale o investimento de tempo e de dinheiro, a não ser que você goste muito deste tipo de história e ainda não esteja meio enjoado de intrigas católicas, professores linguistas pegadores e coisas secretas que parecem que vão se resolver mas não se resolvem...
Gente do céu, pensa num livro que junta todos os clichês das histórias de aventura de todos os tempos, numa coisa meio sem nexo, sem sentido, parece que a ideia era só juntar tudo num troço só mesmo.
Cara, um professor linguista que sabe tuuuuudo de códigos e pega geral -troço repetido até a exaustão mas que não serve pra muita coisa na história- (Robert Langdon é você? Ops, não, versão fake tb com L no nome), um cardeal que quer ser papa (gente da igreja católica querendo o poder, cara já vi isso antes), uma repórter gostosinha inglesa que só quer manter o emprego (mas que no início do livro parecia que ia ser muito boa cheia de recursos), uma russa muito mulher-maravilha que destrói tudo apenas por uma vingança pessoal (nossa, russos são passionais, não é? esteriótipo de filme americano no ar), um cinegrafista viciado em games que acaba sendo heroico, uma biblioteca perdida, um conjunto de instrumentos musicais, um grupo de mercenários, vários guardiões dos instrumentos, povos antigos, línguas mortas, algumas explicações superficiais sobre Atlântida, que acaba não sendo bem onde o personagem principal achava, um padre velhinho que sofre fisicamente, sociedades secretas e intrigas da igreja católica. Além disso, pra agradar o pessoal que curte uns 50 tons de sacanagem, uma única cena de sexo extremamente detalhada, gratuita, difícil de imaginar e sem um pingo de proteção ou sentido narrativo, além de outra cena de sexo sem um mínimo de necessidade para narrativa...
 Gente, mal dá pra listar a quantidade de elementos da narrativa que são abandonados pelo autor depois de um grande investimento do escrita dele e do meu como leitora, né?. Como a cena inicial em que a repórter arranca a arma dos mercenários e salva a vida de todo mundo, mas no resto da narrativa precisa ser constantemente resgatada (hem?), ou de coisas reiteradas (como o quão pegador é o tal professor de linguística) que não servem pra nada na história, ou da loucura por poder do cardeal que acabam tb não dando em nada; ou da cena final em que a bala ricocheteia num livro(!?) sem explicação e fica sem explicação!!!!
O mais triste é que dá pra ver que o autor tem muita leitura, muito conhecimento sobre o gênero e  muita vontade de escrever um livro, ele até colocar uns ganchos narrativos tri bons, pena que fica só nisso.


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A minha bronca há  um tempão é fazer com que a leitura seja uma realidade na vida das pessoas, não apenas a leitura fácil, gostosa e aventureira; mas a leitura difícil, clássica, “chata”, que te deixa pensado, horas acordado tentando decidir se era ou não uma barata, se traiu ou não, o que será que significam estes tais olhos de ressaca, de cigana oblíqua e dissimulada que eu queria tanto ter, ou aquele mover-se pela vida como um saveiro. Queria a palavra bem-dita, a palavra maldita, a palavra incômoda que fere e desafia, a palavra-esfinge que apenas finge se entregar às interpretações. Entretanto, para não ser leitora sozinha perdida no meio das entrelinhas, era necessário criar mais de mim, mais pessoas para quem a leitura dobrou o cabo da Boa Esperança e se tornou não hábito, nem costume, muito menos apenas gozo e fruição, mas desafio pego de propósito, chamado pra si e por si, num caminho pessoal em que o leitor não mais necessitaria de mim para ser formado, formar-se-ia a si através do que eu havia ensinado. Assim nasceu minha sina de professora e aluna que ensina e aprende em meio às confusões das salas de aula, minha bronca não seria mais apenas minha, teria um sem-fim de leitores em formação.

Drummano


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Aula da Prof.ª Mariana sobre lógica de questão objetiva

Duna Saga, de Frank Herbert

Duna Saga, Frank Herbert
Seis livros, um arquivo de 2645 páginas e uma história que se desdobra em muitas histórias fantásticas!!! Recomendo muito a leitura, vale a pena cada palavra, cada história e cada filosofia Bene Gesserit! Uma ficção científica muito diferente e atual, com abordagens ecológicas planetárias e interplanetárias, evolução de línguas, religião e muito mais!
Tem filme e série, ainda não vi, mas vou ver!
Salve o Imperador-Deus de Duna!

Infográfico