Historicamente, a avaliação tem se configurado como uma temática
controversa e desafiante no contexto escolar. Traz no seu cerne
questionamentos tais como: “Todos aprendem?”; “De que forma aprendem”?”;
“Quais recursos metodológicos necessitam para aprender?”; “Como construir
propostas pedagógicas e criar estratégias que garantam a aprendizagem de
todos, considerando as singularidades de cada um?”. Essas constituem-se
algumas das questões que acompanham as reflexões dos professores e a
construção de práticas pedagógicas que intencionam ser inclusivas.
Nesse movimento de construção de práticas pedagógicas inclusivas, a
avaliação tem-se configurado como um dos componentes mais complexos do
currículo escolar (CHRISTOFARI; BAPTISTA, 2012). E, a avaliação dos alunos
em situação de inclusão, quer seja no contexto de sala de aula; quer seja no
contexto do Atendimento Educacional Especializado (AEE) ganha relevância e
protagoniza as cenas dos processos avaliativos com dilemas que se referem a:
“Como avaliar esse aluno?”.
No âmbito do Atendimento Educacional Especializado entendemos que
a pergunta sobre como avaliar envolve concepções de aluno, de ensino, de
aprendizagem, de avaliação, de currículo e também está intimamente
relacionada ao próprio conceito que temos referente a esse serviço.