sábado, 29 de setembro de 2018

Opinião: Conversem com as crianças e jovens

Prestem atenção aos jovens e às crianças da sua família, converse, faça pensar, treine argumentação, pergunte e valorize a opinião deles. Estas eleições estão mostrando o quanto precisamos aprender a discutir sem brigar, dialogar sem ofender e debater sem envolver argumentos completamente sem sentido.
Você que sabe argumentar, que estudou, que tem condições tem a obrigação de fazer com que cada criança e jovem aprenda a ver a opinião do outro como forma de interagir e não de reagir! 
Tantos jovens querem armas porque não sabem debater ideias pq não entendem progressão lógica ou argumentos.

Era uma vez..na escola

Uma história verdadeira de como a intolerância e o discurso de ódio são perigosos e estão minando as crianças:
Cuidando o recreio de uma das escolas em que trabalho, uma menininha loira vem chorando porque uma colega não queria mais ser amiga dela, até aí, tudo normal. Peguei a menininha pela mão e fui lá conversar.
Agora, começa a parte tensa, quando cheguei tinha um bolinho de meninas em volta de uma que chorava também, era a que não queria mais ser amiga da menina loira. Sabem o porquê de ela esta chorando?
PORQUE DUAS OUTRAS SE ACHARAM NO DIREITO DE BATER NELA ATÉ QUE ELE ACEITASSE SER AMIGA DA LOIRA NOVAMENTE!!!!
Aí, parei pra conversar com toda elas e expliquei que não podemos bater em quem não quer fazer o que nós queremos que faça, ainda mais em questões de amizade.
A lorinha e suas defensoras estavam iradas, ela chorava e dizia que precisava de mais amigos, pq a outra tinha que ser amiga dela só porque ELA queria.
Continuei explicando com toda a paciência que consegui juntar que NINGUÉM É OBRIGADO A SER AMIGO DE NINGUÉM! QUE A OUTRA TEM O DIREITO DE ESCOLHER OS SEUS AMIGOS. Ela continuou inconsolável e ainda querendo forçar a outra a uma amizade que não era bem-vinda.
O recreio acabou, mas eu continuo pensativa, pois o discurso intolerante está permeando a sociedade e destruindo as relações saudáveis do futuro...

Infográfico