sexta-feira, 21 de abril de 2017

13 reason why ou Os 13 porquês, de Jay Asher


IMPORTANTE: Se você se identificar com as emoções da Hannah em qualquer parte do livro, procure ajuda!
O telefone do CVV é 188 e eles atendem 24h, a página do Face é: https://www.facebook.com/CVVPortoAlegre/

Ainda não vi a série da Netfix, faltaram um pouco de tempo e bastante de coragem. Por isso, resolvi ler o livro primeiro, pra já ter uma noção da história. Assim, não sei se as coisas que eu amei no livro se mantêm na série.
Então, acabei (neste exato momento) de ler o livro "Os 13 porquês", de Jay Asher, e tenho 13 coisas pra dizer sobre ele:
1- Achei um livro lindo, delicado e interessante,
2- É sútil na narrativa e, ao mesmo tempo, um soco na boca do estômago;
3- A narrativa acontece em um única noite em que Clay e o leitor "ouvem" juntos as fitas deixadas por Hannah Baker, desta forma não apenas passado e presente são mesclados como as diferentes maneiras de enxergar uma mesma situação perpassam a narrativa e fazem com que não fiquemos apegados apenas à visão de Hannah;
4- Em momento algum o suicídio é romantizado ou enaltecido, sendo tratado com delicadeza e empatia, a identificação com Hannah é contraposta ao sofrimento de Clay (e do próprio leitor) ao longo da "audição" das fitas;
5- A narrativa nos deixa em suspense o tempo todo, mesmo sabendo que Hannah iria mesmo morrer, me peguei várias vezes torcendo pra que as coisas acontecessem de maneira diferente e ela não tivesse tomado a decisão que tomou;
6- O livro não toma partido de ninguém;
7- O narrador vai construindo a história de maneira que o livro começa como uma aparente vingança e termina com um pálido raio de sol, uma leve esperança;
8- A construção da história e os motivos elencados por Hannah deixam a clara impressão de que várias brincadeiras idiotas podem acabar causando muito mais dano do que imaginamos;
9- Todo mundo e ninguém são responsáveis pela morte de Hannah, tanto ela mesma quanto as pessoas e momentos elencados se mesclaram a uma situação já complicada;
10- Acompanhamos, junto com Clay, a história de alguém que desistiu de viver, desistiu de lutar e se entregou a uma solidão imposta por si mesma, um lugar escuro no qual ninguém consegue entrar;
11- Mais do que estatísticas ou listas podem dizer, o livro vai, aos poucos, colocando pistas, dicas e um conjunto de observações que terminar por deixar claro um comportamento depressivo claramente definido, ou seja, desenvolve para Clay (e por consequência, para leitor) a capacidade de observar empaticamente o outro, de sair de si mesmo, de entender que nem sempre nós devemos ser o centro;
12- Fica claro também que nem sempre a privacidade, o direito de escolha e a espera são formas de ajudar, às vezes, é necessário intervir de verdade, se aproximar, não deixar que a pessoa se afaste e, por vezes, intervir mesmo que a pessoa demonstre não querer (Hannah muitas vezes quer ajuda, mas não quer também e acaba afastando os bem intencionados respeitosos, não digo que a pessoa em sofrimento não merece respeito, mas, às vezes, respeito com situações de abuso próprio pode ser pior do que uma intervenção à contragosto);
13- Por último, mas não menos importante, o maior mérito do livro é permitir que o debate seja feito, que seja exposta uma situação recorrente sobre a qual não se fala por medo de incentivar, mas que também não está sendo resolvida pelo silêncio.

sábado, 1 de abril de 2017

Exportar marcações do Kobo em arquivo de texto


Tenho meu Kobo faz um tempão e este problema de não conseguir exportar os detalhes estava me incomodando pra caramba, então, este cara salvou a minha vida acadêmica e facilitou horrores a escrita da dissertação. Dá certo mesmo!

http://www.4hd.com.br/blog/2015/03/24/como-exportar-destaques-feito-no-kobo/comment-page-1/#comment-60101

Infográfico