A narrativa do autor continua muito boa, tanto é que mesmo sendo mais uma história em que o Prof. Langdon se envolve para auxiliar uma mulher bonita para desvendar um mistério que parece insolúvel, a gente lê até o final das quase 400 páginas. Sendo que as últimas páginas são as mais interessantes do livro todo (embora eu já desconfiasse que as coisas não eram tão simples quanto pareciam inicialmente).
Contudo, é mais uma história reflexiva sobre a tecnologia do que necessariamente uma corrida histórica e simbólica como é "O código Da Vinci", me pareceu meio uma mistura dele com "Fortaleza Digital" e teorias apocalípticas da conspiração.
Sendo bem honesta, o que salva o livro é o final e as explicações para as questões "De onde viemos?" e "Para onde vamos?" bem como a teoria das espécies apresentada, as possibilidades de usos da tecnologia, as descrições históricas de monumentos (me peguei indo pro Google procurar as imagens de tanto que as descrições da Casa Mila e da igreja da Sagrada Família me deixaram curiosa).
Quanto aos personagens, simplesmente amei a sabedoria e a serenidade do Padre Benã, nossa apaixonante como ele coloca em perspectiva as coisas e faz com que tudo tenha uma tranquilidade que acalma até as nossas pirações pessoais (estou numa fase meio reflexiva).
RECOMENDO A LEITURA, exatamente por achar que o autor sabe contar muito bem o tipo de história a que se propõe e conseguiu colocar um leve sabor de diferença nesta, gostaria que ele se desapegasse desta construção meio padronizada e fizesse com que o Prof. Langdon conhecesse outras experiências, acho que até ele deve estar meio cansado de correr pelo mundo, contra o relógio, com um mulher linda que não vai fica com ele no final (kkkkkkkkkkkk).
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